terça-feira, 12 de maio de 2009



Numa alusão a África, Bento XVI disse que esse continente O papa Bento XVI lançou este domingo um apelo a favor da paz no Médio Oriente e África na mensagem ao mundo proferida no Vaticano, na Praça de São Pedro, por ocasião da celebração pascal.
Perante cerca de 200 mil fiéis, que enchiam também parte da vizinha Vía de Conciliazone, o chefe da Igreja católica pediu "esforços renovados, perseverantes e sinceros" para a resolução do conflito israelo-palestiniano a poucas semanas da sua viagem àquela região, prevista para decorrer de 11 a 15 de Maio.
Na sua mensagem pascal, transmitida por numerosas televisões para o mundo inteiro, Bento XVI referiu-se também a África, onde se deslocou recentemente, e à crise económica.
Falando depois de ter celebrado a missa da ressurreição, o papa disse que perante a carestia global de alimentos, a crise financeira, as alterações climáticas, a violência, o terrorismo e a miséria, que obriga muitos a abandonar as suas terras, é necessário descobrir "novas perspectivas capazes de devolver esperança ao homem".
Exortou por isso contra a rendição nessa "batalha pacífica" e recordou aos fiéis que Cristo procura homens e mulheres que o ajudem a alcançar a vitória com as suas armas, "as da justiça, verdade, misericórdia, perdão e amor".
Numa alusão a África, Bento XVI disse que esse continente "sofre enormemente por conflitos cruéis e intermináveis, muitas vezes esquecidos, que ensanguentam muitas das suas nações, e pelo número cada vez maior dos seus filhos e filhas que acabam por ser vítimas da fome, da pobreza e da doença".
Essa é uma mensagem que o papa disse que repetirá "com força" durante a sua próxima viagem à Terra Santa.
O papa garantiu que a ressurreição de Cristo permite aos homens responder à pergunta "que há depois da morte?" com a afirmação de que a morte não tem a última palavra, "porque afinal é a vida que triunfa".
A ressurreição, sublinhou, "não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo homem Jesus Cristo".
"Não é um mito, nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento irrepetível", acrescentou.
Bento XVI disse ainda que a ressurreição de Cristo ilumina as zonas obscuras do mundo em que vivemos.
"Refiro-me particularmente - assinalou - ao materialismo e ao niilismo, a essa visão do mundo incapaz de transcender o que é comprovável experimentalmente e se deixa abater desconsoladamente num sentimento de nada, que seria a meta definitiva da existência humana".
Disse que se Cristo não tivesse ressuscitado, o "vazio" acabaria por ganhar, mas a ressurreição responde à pergunta "recorrente" dos cépticos.
Concluída a mensagem, o papa deu a bênção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) em 63 línguas, entre as quais o português."Desejo a todos uma boa e feliz Páscoa, com a paz e a alegria, a esperança e o amor de Jesus Cristo ressuscitado", disse Bento XVI nas diversas línguas, perante os aplausos dos presentes.

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