sábado, 13 de junho de 2009


Mulher morre após cirurgia de lipoaspiração em SP
Vítima fez cirurgia no setor de convênios do Hospital das Clínicas.
Ela passou mal dias depois e morreu em um hospital na Zona Leste.

Luísa Brito
Do G1, em São Paulo
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Uma mulher morreu após fazer uma cirurgia plástica na capital paulista. A dona-de-casa Adriane Mabi Iafrate foi operada no dia 2 de março na área que atende pacientes com planos de saúde no Hospital das Clínicas (HC). Segundo o hospital, ela recebeu alta no dia seguinte e estava bem.

Dias depois, a paciente passou mal e foi levada ao Hospital Geral de São Mateus, na Zona Leste, se queixando de falta de ar. Ela morreu na segunda-feira (9), neste hospital.



Ainda de acordo com o HC, na quarta-feira (4) a paciente telefonou ao médico que fez a cirurgia reclamando de dores e foi orientada a tomar os analgésicos prescritos e a voltar para o hospital onde se operou, mas ela não compareceu ao local.





O corpo da paciente está no Serviço de Verificação de Óbito, na Faculdade de Medicina da USP, e será encaminhado na tarde desta terça-feira (10) para o Instituto Médico-Legal, na Zona Leste, para que seja analisada a causa da morte.





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Família era contra

O padrasto de Adriane, o mecânico de manutenção Antonio Cemenzin, de 66 anos, disse que ela fez lipoaspiração no abdômen e plástica nos seios e no bumbum. Segundo ele, ela deixou o Hospital das Clínicas na terça-feira (3) passando bem e começou a se sentir mal na noite da quarta-feira (4). “Ela foi para o hospital [na Zona Leste] e quando chegou lá os médicos levaram logo para a UTI”, afirmou.



Cemenzin diz que Adriane começou a ficar com o corpo inchado e os órgãos foram parando de funcionar. Desde que ela entrou no hospital, ficou sedada e os parentes não conseguiram mais falar com a dona-de-casa, segundo conta o padrasto. A família diz que os médicos afirmaram que a paciente teve infecção, mas a causa da morte ainda não está confirmada.



Os parentes eram contra a cirurgia, mas ela insistiu em fazer o procedimento. “Ela não precisava, era bonita, tinha um corpo legal. Todo mundo da família foi contra, mas era o que ela queria”, disse o padrasto. “Depois que ela ganhou bebê ficou dizendo que queria ter um corpo mais bonito”, acrescentou. O filho de Adriane, que tem 2 anos, pergunta pela mãe, mas a família ainda não sabe como falará sobre a morte com ele.


De acordo com Cemenzin, Adriane não sofria de problemas de saúde grave, mas tinha bronquite. A família ainda não sabe quando será feito o enterro, pois depende da liberação do corpo pelo IML.



Foto: Reprodução/ G1 Imagem da modelo Adriane Iafrate, que morreu após passar por cirurgia no Hospital das Clínicas (Foto: Reprodução/ G1)O caso foi registrado no 49ºDP, em São Mateus, como morte suspeita, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública. Segundo consta no registro da ocorrência, a guia de encaminhamento do cadáver feito pelo hospital informava que as possíveis causas da morte era choque séptico e insuficiência renal aguda.



Procurada pelo G1, a Secretaria Estadual de Saúde, responsável pelo Hospital Geral de São Mateus, informou, nesta tarde que Adriane chegou à unidade por volta da 1h da quinta-feira (5) com febre, dores e dificuldade para respirar. Segundo a nota da secretaria, ela foi atendida na emergência do hospital, e depois dos primeiros cuidados, apresentou piora e foi transferida para a UTI no início da tarde da quinta-feira. Segundo a nota “embora tenha recebido todos os cuidados intensivos e medicamentos necessários, a paciente faleceu de infecção generalizada”.

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