domingo, 17 de fevereiro de 2013


 BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

A brincadeira expressa á forma como uma criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e constrói o mundo á sua maneira. São também um espaço onde a criança pode expressar, de modo simbólico suas fantasias, seus desejos, medos, sentimento agressivos e os conhecimento que vai construindo, a partir das experiências que vivem. Brincar é uma realidade cotidiana na vida das crianças e, para que elas brinquem, é suficiente que não sejam impedidas de exercitar sua imaginação. A imaginação é um instrumento que permite as crianças relacionarem seus interesses e suas necessidades com a realidade de um mundo que poucos conhecem; é o meio que possuem para interagir com o universo dos adultos, universo que já exista quando elas nasceram e que somente poucos puderam compreender. Desde o momento em que nascem e à medida que crescem, as crianças esforçam-se para agir e relacionar-se com o ambiente físico e social que as rodeia – um mundo á sua maneira. Os espaços físicos das creches ou até mesmo escolas que promovem a educação infantil são apropriados para realização das brincadeiras? Os profissionais da educação infantil muitas vezes não estão preparados para as novas exigências do mercado de trabalho. Essas exigências vêm no fazer uma pratica pedagógica inovadora. No processo de aprendizagem é necessário que a criança esteja motivada para que se interesse por uma atividade. E essa motivação influência no seu processo de aprendizagem e na construção de idéias e convicções próprias, fazendo parte integrante de sua personalidade.

BRINCAR DESPERTA A MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM 

A aprendizagem depende em grande parte da motivação: as necessidades e os interesses das crianças são mais importantes que qualquer outra razão para que ela se ligue a uma atividade e da confiança na sua capacidade de construir uma idéia própria sobre as coisas, assim como exprimir seu pensamento com convicção são característica que fazem parte da personalidade integral da criança.
Dessa forma, o brincar aparece como um elemento de aprendizagem e desenvolvimento de adaptação social, de libertação pessoal e conservação da própria cultura ao encerrar uma série de valores, nomeadamente recreativos, pedagógicos cultural entre outro. Vale ressaltar que o brincar aparece também definido como jogo na teoria piagetiana. Assim, ao longo do período infantil.
No que se referem aos aspectos sócios, os jogos aparecem como instituições sociais capazes de promover a comunicação interpessoal, criando um relacionamento social e á compreensão das regras. Dessa forma, a atividade lúdica como berço obrigatório das atividades intelectuais da criança, sendo por isso, indispensável a pratica educativa. As brincadeiras permitem à exploração de potencial criativo de uma seqüência de ações libertas e naturais em que imaginação se apresenta como atração principal, o que significa dizer por meio do brinquedo, a criança reinventa o mundo e liberam as suas fantasias. É interessante observar que, Vygotsky, o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar os horizontes da zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. Afirma que, apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante na infância, ele exerce uma enorme influencia no desenvolvimento infantil. De acordo com Vygotsky, por meio do brinquedo, a criança aprende a atuar numa esfera cognitiva, que depende de motivações internas, Nessa fase (idade pré- escolar) ocorre uma diferenciação entre os campos de significado e da visão. O pensamento, que antes era determinado pelos objetivos do exterior, passa a ser regido pelas idéias.
A criança passa a criar uma situação ilusória, como forma de satisfazer seus desejos não realizáveis, Este é, alias, as características que define o brinquedo, de um modo geral. A criança brinca pela necessidade de agir em relação ao mundo mais amplo dos adultos e não, apenas ao universo dos objetivos a que ela tem acesso (MOYLES, p. 117, 2002).
A brincadeira representa a possibilidade de solução do impasse causado, de um lado, pela necessidade de ação da criança e, de outro, por sua impossibilidade de executar as operações exigidas por essa ação da criança e, de outro, por sua impossibilidade de executar as operações exigidas por essas ações. “A criança quer, ela mesma, guiar o carro , ela quer remar o barco sozinha , ma não pode agir assim, e não pode , principalmente , porque não domina e não pode dominar as operações exigidas pelas condições objetivas reais, ação dado”.
(LEONTIEN, p, 123, 1998). Assim, por meio do brinquedo, as crianças projetam-se nas atividades dos adultos, procurando ser coerentes com os papeis assumidos.

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