domingo, 13 de janeiro de 2013

Impossível ....


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Por que as pessoas são tão invejosas?

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

A inveja absoluta

A inveja é um sentimento tão destrutivo que corrói o invejoso por dentro, pela medula; fustiga-lhe a alma e faz sumirem as melhores amizades. Trata-se de um mal que muitos psicólogos denominam “complexo de Caim”.

Está no dicionário Aurélio: “complexo é um conjunto de representações ou idéias estruturadas e caracterizadas por forte impregnação emocional, total ou parcialmente reprimidas, e que determinam as atitudes de um indivíduo, seu comportamento, seus sonhos etc.”

O problema de Caim não foi propriamente ciúme, mas inveja. Ao ver que Deus se agradara do sacrifício de Abel, ficou consternado com a felicidade que viu no rosto do irmão e demonstrou, aí, um sentimento pernicioso que corrói outros nobres sentimentos. A inveja incontrolável leva o seu possuidor a desejar o que não é seu ou o que é alheio. Mas o problema não é querer possuir algo semelhante ao que o próximo tem, mas querer aquilo que pertence ao próximo, que não é seu naquele momento, como a felicidade que rejubila um casal vizinho.

Quando é alimentado, esse tipo de inveja pode levar à violência. Uma pessoa invejosa maltrata e pisoteia os que estão em seu caminho como se tudo fosse normal. Ela perde a noção do que é fraternidade, amor e respeito ao outro. Para o invejoso, poucos são os humanos que têm algum valor. A inveja, como está na Bíblia, “é a podridão dos ossos” (Provérbios 14:30). “Pois, onde há inveja e sentimento faccioso, aí há confusão e toda espécie de coisas ruins” (Tiago 3:16). E dizem que a inveja tem cinco filhas: murmuração, maledicência, ódio, felicidade pela desgraça do próximo e aflição pela prosperidade do irmão. Em verdade, fazer a vontade de Deus (não mentir para prejudicar, por exemplo) pode despertar a ira até mesmo de alguém muito próximo de nós.

É preciso, sim, buscar o autocontrole dos maus sentimentos. Vivemos num tempo em que a inveja é estimulada pela febre de consumo de nossa sociedade. É mais ou menos assim: um parente trocou de carro, é hora de trocar o meu também; o vizinho fez uma piscina, por que eu também não posso ter uma? O colega recebeu uma promoção, por que não eu? É nossa obrigação dominar desejos que podem vir a prejudicar a vida financeira, a relação familiar e o semelhante.

Pois bem. Renato de Oliveira é um moço que um dia disse ser eu o irmão que ele não teve. (Nem tanto!) E então veio a mim defender tese mais esdrúxula pela falta de coerência do que pela ilegitimidade da parca defesa. Segundo o viajante tresloucado, a respeito de quem lhes escrevo, o Partido dos Trabalhadores, no Acre, deveria ser derrotado nas eleições de outubro porque existe uma meia dúzia de coordenadores, gerentes, secretários e chefes de gabinete que são de uma arrogância ímpar. Fiquei bastante meditativo e concluí que esses tais arrogantes assim são porque não sentem que os cargos lhes subiram à cabeça. A bem da verdade, até as suas esposas os amam apesar do bizarro que é o pedantismo ostentado em público. Essa meia dúzia a que se refere o moço em apreço, segundo ouso pensar, deve ficar exatamente onde está, no poder. O projeto do PT de Jorge Viana e companhia é muito maior que a pose destes tais. Amo o Acre e não é porque o fulano e o sicrano não falam comigo que eu deixaria de dizer aos quatro ventos que os melhores nomes são os que, hoje, constroem este Estado segundo a escala de grandeza que um dia sonhei.

Em suma, as raízes da inveja estão carcomendo o juízo de um pobre moço que nunca teve nada porque jamais lutou para construir coisa alguma. Melhor de tudo é sentir que o Acre e o meu povo são muito maiores que as tristes mentalidades dos que não conseguem ver que hoje, finalmente, temos marchado céleres rumo ao desenvolvimento porque tudo o que é nosso foi “conquistado nobremente com armas na mão”.

Ser egoísta não é viver segundo os nossos próprios desejos. É egoísmo, certamente, exigir que os outros vivam da mesma forma que nós gostaríamos. Assim, se o teu sol não brilha, não queira jogar água na tenda do vizinho. É inveja pura. É desvio de um caráter doentio digno dos esforços de Freud e sua bela ciência.

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